quarta-feira, 7 de abril de 2010

Quem perdeu?

Esta semana tive o "prazer" de assistir a um debate em directo na famosa AR-TV. Estranhamente, esta semana o debate foi rico em... Não, não foi rico. E também não se pode designar de debate o que ali foi retratado. O objectivo dos debates quinzenais parecem-me ser com que um jogo no qual ganha quem fizer a melhor pergunta ao adversário. Sim, a pergunta. Porque da resposta ninguém quer saber. O tema eram as exportações e como Portugal poderia promover o seu aumento.
Os partidos da oposição ( mais uma vez, não houve qualquer cooperação ) não apresentaram qualquer proposta. A sua estratégia incidiu sobre fazer perguntas embaraçosas sobre o passado.
O Primeiro-Ministro por seu lado, desempenhou o papel de actor principal ao não responder às perguntas que lhe foram colocadas, lamentando sempre que não havia novas propostas feitas pela "oposição". No final do seu discurso havia sempre a intervenção do Dr. Jaima Gama: "Sr. Primeiro-Ministro seja breve" "Sr. Primeiro-Ministro o seu tempo está terminado".
No final, conclui que neste jogo, quem perdeu fui eu. O tempo despendido despendido a ouvir tais "senhores" foi de uma inutilidade extrema.

1 comentário:

  1. Boa noite,

    Tenho a dizer que este é, do meu ponto de vista, o melhor texto que publicou aqui, embora seja tão simples.... nem que seja por ser a base de tudo o resto.

    Não há alterações no mercado de trabalho, no modelo de gestão pública, nas mentalidades da população, enquanto a nossa Assembleia da República continuar cheia de papagaios que pensam que sabem muito da vida e, na verdade, não passam de meninos bem comportados que dizem o que lhes mandam dizer. Muito honestamente, e sem sentir que estou a exagerar demasiado, se passassem o dia a montar legos, não seriam mais inúteis do que são. Ninguém se sente representado por aquela gente nem espera ouvir de nenhum nem a verdade sobre o País nem muito menos qualquer solução para os problemas. Para que servem, afinal?
    Consegue dar-me alguma resposta que dê sentido ao trabalho que fazem e ao dinheiro que ganham?

    O que mais me assusta ainda é que o nosso próximo primeiro ministro é exactamente igual ao que lá esta, por mais que ande a querer enganar...mostra mais bom senso aqui e ali, mas há um denominador comum que os torna iguais em termos de comportamento: são da escola da política, estão habituados a atingir os seus objectivos usando sempre o caminho mais fácil, independentemente dos meios, que não é mais do que o principal problema da nossa cultura. O caríssimo PPC foi demasiado ajudado para chegar onde chegou (pelo currículo e sapiência não foi seguramente) e não pode virar as costas aos amigos todos (que já estão em fila) quando chegar ao poder.... não há volta a dar. Mal chegar ao poleiro, vai-se rodear de todos aqueles que o ajudaram. Conheço pessoas suficientes dentro de juventudes partidárias e sei como as coisas funcionam.

    Acima de tudo, precisávamos de um Primeiro-Ministro de pulso firme, alguém com valores de tal forma vincados, que não fosse vulnerável à pressão dos partidos políticos e dos grandes grupos económicos. Sem isso, e uma equipa governativa igualmente competente e séria, iremos continuar com demasiadas pessoas de mão estendida e poucas de mangas arregaçadas e com suor na testa.

    Tenho 20 anos, estudo economia e gostava de ter uma visão diferente do meu País. Gostava realmente de poder crescer no meu País, não ser mais um dos que abandona o País com o canudo na mão (pago pelo Estado, curiosamente), falando por esse mundo fora das desgraças que acontecem neste cantinho atlântico.

    Mudem-se as vontades políticas e seguramente que a população portuguesa irá corresponder com um comportamento diferente. Pode demorar alguns anos, mas temos uma população que não é dificilmente "contagiável", do meu ponto de vista, deste que os estímulos sejam certos e as pessoas não sintam que estão a ser enganadas. como acontece agora. Isso só as faz querer também eng

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