quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Reinventar Portugal

Chegou a hora. Estamos a fazer história. Daqui a 50 anos os livros contarão do quão grande foi a revolução/reestruturação do modelo de sociedade existe à data. Cabe-nos a nós portugueses/europeus decidir o que queremos para o nosso futuro. Qual o modelo de sociedade no qual pretendemos viver.

Hoje estamos, definitivamente, a mudar. As certezas de ontem são as questões de hoje. A crise será severa, mas será tão "boa" quanto quisermos ou deixarem que seja.

Vejo hoje debates intensos nos vários canais informativos sobre o rumo do país, os cortes, os aumentos de impostos, o fim de deduções, etc. Vejo um ambiente propício a mudança. Para melhor. Há vícios, desperdícios e gastos completamente supérfluos.
Para que servem as câmaras, as juntas, os governos civis, as empresas públicas, as EPE, as isenções fiscais, os subsídios. Fazem sentido? Não estou a tomar nenhuma partido, estou a questionar a mim próprio. Numa altura de escassos recursos, há que gerir o que temos da melhor maneira possível.

Por outro lado vejo uma parte da sociedade avessa à mudança. Os sindicatos da função pública estão neste momento numa luta pela própria sobrevivencia. É certo e sabido que o estado gasta demasiado à demasiado tempo. O sindicato dos professores defendem que a escola é essencial... Na saúde que é a base da sociedade... Nas forças armadas que defendem a soberania nacional... as câmaras municipais que estão próximo da população e que estão asfixiadas...
Assim que se anuncia uma qualquer medida de corte, aparecem a defender a sua área de trabalho. E a nós portugueses, que estamos a aguentar um aumento brutal de impostos? Quem nos defende? Quem nos defende cada vez que o estado aumenta impostos como modo de sustentar todo um sistema "insustentável" que está a secar tudo à sua volta?

Não questiono fim de subsídios, isenções, ajudas, de cortes na despesa. Aplaudo. Aplaudo duas vezes. Em todos à "corrupção", há injustiça, há aproveitamento dos dinheiros públicos. Estado mais magro, menos gastador, mais eficiente e com menos regalias. Trabalhadores públicos a trabalhar 8 horas e sem benefícios especiais do estado. Quero menos trabalhadores públicos, a ganhar mais, a trabalhar mais, a trabalhar melhor.

Os subsídios ajudam muita gente? Sim. Mas é preciso limitá-los no tempo e no valor. Subsidio-dependencia não é solução. Quem ganha para ter um nível de vida de "x" o estado não que lhes garantir "x+1". Equidade na aplicação de medidas não é uma escolha, é um direito, uma exigência.

Quero um Estado com menos peso na economia e mais regulador. Mais fiscalização. Mais intervenção da sociedade nas decisões de domínio público. Leis mais claras, transparentes e adequadas à realidade portuguesa. Justiça mais rápida. Responsabilização dos gestores públicos. MESMO! Não meras palavras escritas num qualquer diploma legal. É preciso legislar sobre e também fiscalizar e punir os incumpridores. Acabar com os Joãos Jardins, Isaltinos e Felgueiras.

Vamos aproveitar a crise. Vamos aproveitar para reinventar as bases da sociedade portuguesa. Uma sociedade sustentável. Vamos... Reinventar Portugal!